junho 03, 2006

Wasted Years

De volta ao sepúlcro e com muitas covas para contar, curada está a ressaca de mais uma longa noite. Quinta - um encontro de homens com muitas histórias para contar, com memórias que desafiam a imaginação, uma lição de vida e fraternidade para a geração actual. Eu claro estava um pouco deslocado de tal encontro, mas como gosto sempre de aprender, de conviver, de me dar a conhecer mesmo que o véu não seja completamente levantado, para não assustar ninguém ou para me proteger de mim próprio (eterno conflito antídoto veneno), lá ouvi as conversas, lá me deixei levar por uma vida que não é minha, mas que gostei de conhecer. Sexta - imaginem uma cidade recheada de entusiasmo à volta da arte, do convívio, do silêncio no olhar, muitas partilhas de experiências e visões, um abraço aquilo que o mundo tem de melhor, a expressão. Se esta não estiver sujeita a regras, a restrições, e a outros factores externos dispensáveis, penso que tudo é mais autêntico e não precisamos de nos esmerar muito, quando o que fazemos é com o coração. E foi exactamente isso que eu vi ontem, muita criação, muita imaginação, muita festa à volta da arte sob as suas mais diversas formas. Nunca uma noite em Caldas da Rainha me soube tão bem... uma real caldas late night! para mais tarde recordar.
Não conseguiram encontrar o fio condutor? Pois bem... por uma vez vou ser claro e por a magia da imaginação de vós (ilustres fantasmas) de parte. Convívio entre jovens e anciãos, é convívio. São experiências riquissímas e diferentes. O sangue disposto a colaborar para não estagnar o cérebro contou-me que não podemos agarrar-nos apenas ao que nos dá prazer, mas ao que necessitamos fundamentalmente, aquilo que no fundo nos torna humanos (sim meus caros... estou morto, mas sou humano) que é a partilha e a diferença. Adoro-os, tal como a culpa e o ressentimento me adoram, e me roiem por não poder repetir indefinidamente tais encontros. Antes de partir queria só poder tocar o céu mais uma vez ao som da guitarra, de um ritmo, de uma voz.
Perdi uma companhia, mas tal como dizia o grande Johnny Cash "if dogs have a heaven, there's one thing I know, old sheep has a wonderful home." Assim o mesmo eu desejo ao meu companheiro canino. E porque andamos constantemente à procura do tempo perdido, que já não volta e já não serve para nada... Iron Maiden - Wasted Years.

Wasted Years

From the coast of gold, across the seven seas
I'm travellin' on, far and wide
But now it seems, I'm just a stranger to myself
And all the things I sometimes do, it isn't me but
someone else

I close my eyes, and think of home
Another city goes by in the night
Ain't it funny how it is, you never miss it 'til it's
gone away
And my heart is lying there and will be 'til my
dying day

So understand
Don't waste your time always searching for
those wasted years
Face up... make your stand
And realise you're living in the golden years

Too much time on my hands, I got you on my mind
Can't ease this pain, so easily
When you can't find the words to say it's hard to
make it through another day
And it makes me wanna cry and throw my
hands up to the sky

By: Iron Maiden from the album "Somewhere in Time"

4 lágrimas:

Blogger EyeOfHorus derramou...

As palavras podem ser lanças, jamais deverão ser usadas de ânimo leve. Elas clamam por um único sentido, o verdadeiro!
There are years that can be wasted, but words never!!!

Stay evil

1:34 da tarde  
Blogger ... derramou...

Lindo !

4:42 da tarde  
Blogger *@rclight* derramou...

Nem todos os anos passados trazem boas recordações.No entanto,nem com um futuro longinquo s pode contar,além do mais,boas recordações...axo k só mesmo,vividas no presente.
Pois da minha vida faço o meu lema:2 live the moment.
Forward!!!lolol!!

8:01 da tarde  
Anonymous Anónimo derramou...

Really amazing! Useful information. All the best.
»

8:28 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home